sábado, 17 de setembro de 2011

Nomenclatura de Compostos Orgânicos - Parte 2


Antes de ler está postagem recomendo que dê uma olhada na primeira parte 1 de Nomenclatura de Compostos Orgânicos


Álcoois


É considerado álcool compostos orgânicos que apresentam a hidroxila:

HidroxilaHidroxila

A numeração é feita começando pela extremidade mais próxima do grupo OH.


I. Troca-se a terminação do hidrocarboneto correspondente por OL;


II. A cadeia principal é a maior fila de átomos de carbono que contenha a hidroxila;


III. Quando houver mais de uma possibilidade para a posição da hidroxila, esta deve ser numerada;


IV. A numeração da hidroxila se inicia pela extremidade mais próxima da mesma;


Obs.: álcoois insaturados: posição da insaturação + hidrocarboneto correspondente + posição do OH + OL


Aldeído


É considerado aldeído compostos que apresentam:

aldeido Aldeído com seu radical a direita.



Troca-se a terminação do hidrocarboneto correspondente por AL;


A numeração se inicial pelo carbono do grupo funcional;


Obs.: O formol é um aldeído em solução aquosa.


Cetona

Cetona No local do R1 e R2 se encontram carbonos.



Troca-se a terminação do hidrocarboneto correspondente por ONA;


A numeração da cadeia se inicia pela extremidade mais próxima da carbonila (-CO-);


Lembrando que nas cetonas insaturadas: posição da insaturação + hidrocarboneto correspondente + posição da carbonila + ONA;


A nomenclatura se dar por: (grupo menor)-(grupo maior)-CETONA


ATENÇÃO!!! Não confundam CETONA com ALDEIDO, pois seus radicas são bem parecidos, sendo a única diferença a de que na Cetona o oxigênio está ligado com um carbono que por sua vez está ligado a dois carbonos. Enquanto no aldeído é um oxigênio ligado a um carbono que está ligado a um carbono e um hidrogênio.


Acido carboxílico


Troca-se a terminação do hidrocarboneto correspondente por ÓICO;


ÁCIDO + hidrocarboneto correspondente + ÓICO;


A nomenclatura usual dos ácidos carboxílicos está relacionada com a origem do ácido ou de suas propriedades: ácido metanóico (ácido fórmico); ácido etanóico (ácido acético); ácido propanóico (ácido propiônico); ácido butanóico (ácido butírico); ácido etanodióico(ácido oxálico) etc.


Fenol

Fenol

Quando a hidroxila –OH estiver fixada a um carbono insaturado em um anel aromático.


Usa-se o prefixo HIDRÓXI;


Havendo necessidade de numeração, esta se inicia pela hidroxila e segue o sentido dos menores números;


Obs.: O número "1" atribuído a hidroxila pode ser omitido;


ATENÇÃO!!! Não confundir com anel benzeno


Éter

Quando um átomo seja ele oxigênio, cloro ou outro que não seja carbono esteja fazendo ponte de ligação entre dois compostos.


(grupo menor) ÓXI + (hidrocarboneto correspondente ao grupo maior)


Macete: Éter lembra hetero átomo.


Éster


Substitui-se a terminação ICO do ácido carboxílico correspondente por ATO e acrescenta-se o nome do grupamento ligado ao oxigênio;


Obs.: o nome do grupamento deve terminar com ILA e não com IL. EX.: metila, etila etc.


Obs.: Um raciocínio mais fácil é acrescentar ATO ao hidrocarboneto correspondente, não sendo assim necessário, raciocinar com o ácido carboxílico correspondente;


Bem essa foi a segunda parte da postagem de nomenclatura de compostos, o discente de bioquímica, disciplina de enfermagem, deve ter esses conhecimentos na memoria para alcançar o sucesso na matéria. Para a tabela dos prefixos e sufixos dos compostos retirada do livro Tito & Canto clique aqui.


Nomenclaturas de Compostos Orgânicos - Parte 1


Bem, essa postagem visa dar uma base e relembrar conhecimentos das regras de nomeclatura em compostos orgânicos. O conhecimento dessas regras é de suma importancia para um bom aproveitamento na disciplina de Bioquímica, ciência que estuda principalmente as reações químicas dos processos biológicos que ocorrem em todos os seres vivos.


Regras (Hidrocarboneto)


Para fazer uma nomeclatura segue-se as regras:


1. Localize a cadeia principal;


2. Numere os carbonos da cadeia principal, para decidir por onde numerar tenha como base.

  • Se a cadeia for insaturada¹, comece a contar da extremidade mais próxíma da insaturação;
  • Se a cadeia for saturada, comece a numerar da extremidade mais próxima da saturação².

3. Escreva o número onde se localiza a ramificação separando-o do nome do hidrocarboneto por hífen.


Exemplos:

Dimetil-Pentano

Os grupos orgânicos (ramificações) ainda possuem grupos são alguns deles:

  • Metil
  • Etil
  • Propil
  • Butil
  • Etc.

Outra observação a ser feita é que quando o Hidrocarboneto se apresenta em forma de anel benzeno² (C6H6) usaremos prefixos para localizar os grupos orgânicos, são eles:


  • Orto (posição 1,2)-O
  • Meta (Posição 1,3)-M
  • Para (Posição 1,4)-P

Exemplos:

2-metil-4-etil-hexeno-2

Anel benzenico

Nomeclatura da cadeia de acordo com suas ligações


  • Alcano: Ligações entre carbonos simples;
  • Alceno: Uma ligação dupla entre as cadeias;
  • Alcino: Ligação tripla na cadeia principal;
  • Alcadieno: Duas ligações duplas;
  • Alcano AlcanoAlcenoAlceno alcino Alcinoalcadieno Alcadieno

Numa postagem futura estarei disponibilizando as regras de nomenclaturas para os seguintes compostos: Álcoois, Aldeídos, Cetonas, Ácido carboxílico, Fenóis, Éteres, Ésteres, Aminas e Amidas.

Lehninger - Princípios de Bioquímica

Lehninger-PrincipiosdeBioquimica3ed Lehninger: Princípios de Bioquímica - pdf (português)

Este livro sem duvida nenhuma é Bíblia da Bioquímica. Ele diz tudo em seus mínimos detalhes, coisa que outros livros não tem. Para o estudante da área de saúde e de ciências biológicas é imprescindível a sua aquisição, pois a Bioquímica é base de tudo que diz respeito ser vivo. Planejado para estudantes com interesse principal em bioquímica e disciplinas relacionadas, bem como para estudantes de graduação e nos programas de medicina, odontologia, veterinária e farmácia. Está em português.

O livro está dividido e suas partes são independentes. Portanto, se você precisa apenas dos últimos capítulos, você pode baixá-lo sem a necessidade de baixar todas as partes e juntar.

I. Fundamentos de Bioquímica
- A Lógica Molecular da Vida.
- Células.
- Biomoléculas.
- Água.

II. Estrutura e Catálise
- Aminoácidos, Peptídeos e Proteínas.
- Estrutura Tridimensional das Proteínas.
- Funções das Proteínas.
- Enzimas.
- Carboidratos e Glicoconjugados.
-Nucleotídeos e Ácidos Nucléicos.
- Lipídios. Membranas Biológicas e Transporte.
- Biossinalização.

III. Bioenergética e Metabolismo
- Princípios de Bioenergética. A Glicólise e o Catabolismo das Hexoses.
- O Ciclo do Ácido Cítrico.
- A Oxidação dos Ácidos Graxos.
- A Oxidação dos Aminoácidos e a Produção de Uréia.
- Fosforilação Oxidativa e Fotofosforilação.
- Biossíntese de Carboidratos. Biossíntese de Lipídios.
- Biossíntese de Aminoácidos, Nucleotídeos e Moléculas Relacionadas.
- Integração e Regulação Hormonal do Metabolismo de Mamíferos.

Sinapse e Neurotransmissores


synapse e neurotrasmissores Para exercer as suas funções, de manter as pessoas em contato com o mundo que as cercas através mensagens recebidas dos sentidos, o sistema nervoso faz uso de impulsos nervosos que levarão e trarão as mensagens entre os neurônios. Esse contato entre neurônios se faz através de uma junção especializada denominada de sinapse, em que um terminal axonal faz contato com outro neurônio ou tipo celular, sendo ela sendo subdivida em dois grupos, Sinapse Elétrica e Sinapse Química.


Para melhor entendimento dessa postagem leia as postagens anteriores:


Sistema Nervoso – Visão Geral
Sistema Nervoso Autônomo
Neurônios e Células da Glia

  • Sinapse Elétrica

As sinapses elétricas são mais simples e evolucionalmente mais antigas, permitem a transferência direta da corrente iônica de uma célula para outra. Sendo que ela ocorre em sítios especializados chamados de junções gap ou junções comunicantes que em sua maioria permite a passagem de íons bidirecionalmente.


Essas junções estão separadas por 3nm e entre elas há proteínas chamadas de conexinas, as quais em grupos de seis formão conexon o qual permite a passagens de íons.


As sinapses elétricas em invertebrados é encontrada em mecanismos de fuga. Em mamíferos adultos é muito rara sendo mais frequentemente encontrada em estágios da embriogênese.


  • Sinapse Química

Transmissão usada no sistema nervoso humano maduro, caracterizado por uma maior distancia na fenda sináptica de 20 a 50 nm.


Fenda Sináptica: A passagem do impulso é feita através de substâncias químicas, os neuro-hormônios, também chamados de mediadores químicos ou neurotransmissores, sendo eles armazenados nos terminas axônicos. (Placas motoras ou junções neuro-musculares – Terminações entre axônio e músculos.)


Vesícula Sináptica: A membrana dendrítica apresenta proteínas especializadas na detecção dos neurotransmissores, chamadas de receptores, por isso a transmissão do impulso é sempre do axônio para o corpo celular do neurônio seguinte perdendo assim a bidirecionabilidade.


Uma característica no citoplasma dos axônios é a de não possuir ribossomos, necessários a síntese protéica, sendo assim, as proteínas axonais são sintetizadas no soma (corpo celular) e depois são transportadas até o axônio e através de microtúbulos com gasto de ATP sendo denominado esse transporte de proteínas pelos microtúbulos de transporte axoplasmático.


Esse transporte a depender da direção do fluxo pode ser denominado de: Transporte Anterógrado – Proteínas indo sentido Dendritos para axônio; Transporte Retrogrado Sentido do impulso do axônio para dendritos.


  • Neurotransmissores

A maioria dos neurotransmissores situa-se entre três categorias: Aminoácidos, aminas e peptídeos.

Aminoácidos e Aminas: São moléculas orgânicas com pelo menos 1 (hum) átomo de nitrogênio, armazenadas e liberadas em vesículas sinápticas. A síntese desses compostos ocorre no terminal axonal a partir de enzimas que são sintetizadas no soma (corpo celular), que após sua síntese vão para o termina axonal.


Uma vez sintetizados os neurotransmissores aminas e aminoácidos são levados a vesícula onde são liberados por exocitose para fenda sináptica.


Neurotransmissores peptídeos: Constituem-se de grandes moléculas armazenadas e liberadas em grânulos secretores. A Síntese ocorre no reticulo endoplasmático rugoso (REG) do soma, após a síntese são clivados no complexo de golgi se tonando ativos e então são secretados em grânulos secretores e são transportados por via anterógrada – Dendrito para axônio.


Diferentes neurônios do SNC – Sistema Nervoso Central liberam diferentes neurotransmissores. Os principais são:


  1. Aminoácido Glutamato (GLU);
  2. Gama-aminobutírico (GABA );
  3. Glicina (GLI);
  4. Acetilcolina – Medeia as transmissões sinápticas rápidas em todas a junções.

Alguns Neurotransmissores e suas funções

Dopamina

Produz sensação de prazer, sendo ação dividida em 3 grupos:
Regula emocional: Sua deficiência aqui poderá provocar doença de Parkinson;
Regula emocional;
Comportamento e cognitiva: Função ligada ao córtex frontal (estresse).
A falta nos 2 últimos casos podem causar esquizofrenia.

Endorfina e Encefálicas

Bloqueiam a dor

Serotonina

Regula o humor, sono, atividade sexual, ritmo cardíaco entre outras funções.

GABA

Neurotransmissor inibitório envolvido em processo de ansiedade.

Acido Glutamato (GLU)

Estimulador do SNC

Impulsos Nervosos


O Sistema nervoso humano tem bilhões de neurônios, todos em conexão uns com os outros. O impulso (sinal nervoso) se propaga do dendrito através do corpo celular ao axônio. O axônio transporta impulsos ao dendrito ou corpo celular de outro neurônio, ou a um órgão efetor, tal como uma glândula ou músculo.


*Para melhor entendimento dessa postagem leia a anterior:

Sinapses e Neurotransmissores.


Para que um impulso passe de um órgão receptor ao encéfalo ou do encéfalo a um órgão efetor ele necessita percorrer vários neurônios.

  • Transmissão do impulso nervoso

A bomba de sódio (Na+) e potássio (K+): Seu funcionamento dar-se na proporção de que para Bomba cada três íons Na+ bombeados para o liquido extracelular, apenas dois íons de K+ são bombeados para o liquido intracelular, causando um déficit negativo no interior da célula e caracterizando assim um transporte ativo, pois os movimentos dos íons vão contra o gradiente de concentração, visto que há maior concentração de Na+ no meio extracelular e K+ no meio intracelular.


Vale ressaltar que a membrana da célula em repouso é praticamente impermeável ao Na+, porem é muito permeável ao K+, uma das causas dessa característica é a de que a membrana possui maior numero de canais de vazamento ao K+ do que ao Na+.


Uma agressão no mecanismo da bomba Na+/K+ pode ocasionar Degeneração hidrópica, pois com a ação do agente agressor haverá a retenção de Na+ no citoplasma da célula e extrusão do K+, com isto acontecerá um aumento de água no citoplasma para manter as condições isosmóticas acarretando o inchaço da célula.


  • Estágios do impulso

Repouso: Caracterizado pelo potencial de repouso da membrana advindo do potencial eletronegativo criado no interior da fibra, devido a bomba de Na+/K+, ficando assim o exterior da membrana “positivo” e o interior “negativo”, na realidade o termo mais adequado é “o meio interior com déficit negativo em relação ao exterior”.


Estagios do impulsoDespolarização: Estágio o qual ocorre o potencial de ação decorrente da inversão do fluxo das cargas, ou seja, o meio intracelular e caracterizado por estar “positivo” e o extracelular “negativo”.


Ao ser estimulada, uma pequena região da membrana torna-se permeável ao Na+, acarretando assim a entrada do Na+ que é acompanhada pela saída de K+, tudo isso é baseado no transporte a favor do gradiente. Essa inversão vai sendo transmitida ao longo do axônio, e todo esse processo é considerado um impulso nervoso ou onda de despolarização (potencial de ação). Ocasionado pela entrada do Na+ e saída do K+ através dos canais de comportas, sendo os de Na+ mais rápidos dão assim déficit positivo interior da célula.


Repolarização: Momento em que a célula está voltando a sua polaridade normal (potencial de repouso). Ao receber um estimulo maior que o normal para atingir seu limiar de potencial de ação a célula responderá desencadeando a despolarização, esta resposta não ocorre no estágio de hiperpolarização caracterizado pela inativação total da célula a qualquer estímulo enquanto ela não retornar ao potencial de repouso.


  • Condução Saltatória

Nas regiões do nódulo de Ranvier, por cauda da propriedade isolante da bainha de mielina, a onda de despolarização “salta” diretamente de um modulo para o outro, sendo chamada de condução saltatória acarretando assim o amento da velocidade de impulso. Patologias ocasionadas por movimentos repetitivos podem ocasionar danos à bainha de mielina causando assim uma diminuição considerável na velocidade e controle dos movimentos do membro ou região afetada.

Neurônios e Células da Glia


Como outras partes do corpo, o sistema nervoso compõe-se de células, sendo estás de dois tipos, neurônios e células gliais. Como as demais células, os neurônios tem um núcleo cercado de citoplasma.


  1. Neurônios

imageAs células nervosas (neurônios) é composta por dendritos, corpo celular (núcleo+ citoplasma) e axônio. A maioria dos neurônios tem uma única fibra longa (axônio) e várias extensões do corpo celular (dendritos). [Visualizar a Estrutura do Neurônio]


Dendritos: Essas projeções pequenas e semelhantes a galhos realizam as conexões com outras células e permitem que o neurônio se comunique com outras células ou perceba o ambiente a seu redor. Os dendritos podem se localizar em uma ou nas duas terminações da célula. : http://manufreitas.direito.blog.uol.com.br/arch2008-02-17_2008-02-23.html


Corpo Celular: Essa parte principal contém todos os componentes necessários da célula, como o núcleo (que contém DNA), retículo endoplasmático e ribossomos (para construir proteínas) e mitocôndria (para produzir energia). Se o corpo celular morrer, o neurônio morre. : http://manufreitas.direito.blog.uol.com.br/arch2008-02-17_2008-02-23.html


Axônio: Essa projeção da célula, longa e semelhante a um cabo, transporta a mensagem eletroquímica (impulso nervoso ou potencial de ação) pela extensão da célula; dependendo do tipo do neurônio, os axônios podem ser cobertos por uma fina camada de mielina, como um fio elétrico com isolamento. A mielina é feita de gordura e ajuda a acelerar a transmissão de um impulso nervoso através de um axônio longo. Os neurônios com mielina costumam ser encontrados nos nervos periféricos (neurônios sensoriais e motores), ao passo que os neurônios sem mielina são encontrados no cérebro e na medula espinhal. : http://manufreitas.direito.blog.uol.com.br/arch2008-02-17_2008-02-23.html


  • Tipos de Neurônios

Neurônios Sensitivos ou Aferentes: Recebem impressões do mundo exterior e levam ao encéfalo;


Neurônios Motores ou Eferentes: Transporta impulsos do encéfalo aos músculos.


Neurônios Mensageiros: Localizados no encéfalo e na medula espinhal, esses transportam impulsos entre as partes do encéfalo, medula espinhal e entre os neurônios sensitivos e motores.


Neurônios Receptores: Percebem o ambiente (químicos, luz, som, toque) e codificam essas informações em mensagens eletroquímicas, que são transmitidas pelos neurônios sensoriais;


Neuronios Sensoriais e Motores

Alguns axônios são recobertos por uma bainha que contem gordura, chamada bainha mielínica. Quando corpos celulares celulares de neurônios se aglomeram fora do cérebro ou medula espinhal, recebem o nome de gânglios nervosos.


2. Células da Glia


Sustentam, protege isola e nutri os neurônios, sendo que existe diversos tipos onde o principal diferencial é a morfologia, fisiologia embriologia e funções. As células da glia são:


Astrocito: São as maiores células da neuroglia e estão associadas a sustentação e a nutrição dos neurônios.


glias

Oligodendrocitos: Devem exercer papeis importantes na manutenção dos neurônios, uma vez que, sem eles, os neurônios não sobrevivem em meio de cultura. No SNC – Sistema Nervoso Central, são as células responsáveis pela formação da bainha de mielina.


Micróglia: É constituída por células fagocitárias, análogas aos macrófagos e que participam da defesa do SNC.


Células de Schwanm: São células da glia que formam a bainha de mielina no SNP – Sistema Nervoso Periférico.

Sistema Nervoso Autônomo

neuronios Sinapses





Como foi visto na postagem Sistema Nervoso – Visão Geral, o sistema nervoso possibilita que as pessoas tenham a possibilidade de manter contato com o mundo que as cerca, através das mensagens recebidas dos sentidos, além de capacitar todas as partes do organismo. Esse sistema é dividido, para fins didáticos, em Sistema Nervoso Central e Sistema Nervoso Periférico (SNP). Com relação ao SNP, ele é sub-dividido em, Sistema Nervoso Somático, Sistema Nervoso Autonômico e Sistema Nervoso

Entérico.

Nessa postagen será abordado a sub-divisão denominada Sistema Nervoso Autônomo.


  • Sistema Nervoso Autonômico

Clique na imagem para ver em tamanho maior Caracterizado por regular os órgãos internos e os vasos sanguíneos. Este controle é de grande parte dado de forma automática podendo variar muito pelo estado emocional do individuo.


Os nervos do Sistema Nervoso autônomo têm conexões com o Sistema Nervoso Central (SNC), sendo normalmente controlados pelo subconsciente. Cada nervo consiste em uma cadeia de dois ou mais neurônios que vão da medula espinhal, através de um gânglio para desencadear a ação em um órgão.


Neurônio => Gânglio => Neurônio => Órgão


As fibras nervosas tem a características de serem quase ou totalmente desprovidas de bainha mielínica, além de que a maioria dos nervos desse sistema são nervos efetores (motores), porem cada tronco tem fibras receptoras.


O Sistema Nervoso Autônomo tem duas partes principais:


Sistema Nervoso Simpático: Origina-se das porções torácicas e lombar da medula espinhal. Se dirigem da medula aos gânglios que se localizam de um lado e do outro da coluna vertebral.


Nós gânglios os neurônios que vem da medula espinhal são denominados de neurônio pré- ganglionar, após os gânglios há sinapse com outros neurônios que prosseguem para os diferentes órgão sendo esses neurônios chamados de pós-ganglionar.


Neurônio pré-ganglionarGânglioNeurônio pós-ganglionar

Sistema Nervoso Parassimpático: É dividido em seções cranianas e seções sacrais. Sendo os nervos parassimpático vão da medula espinhal aos gânglios próximos ou até um órgão.


Muitos órgãos têm nervos que provêm tanto do sistema simpático como do parassimpático, tais nervos produzem reações opostas nos órgãos por eles inervados, um exemplo clássico disso é o de que enquanto um nervo do Sistema Nervoso Simpático aumenta a freqüência cardíaca, o do Sistema Nervoso Parassimpático retarda a freqüência.


De modo geral o Sistema Nervoso Periférico Autônomo Simpático, estimula ações que mobilizam energia, permitindo responder a situações de estresse, já o Sistema Nervoso Periférico Autônomo Parassimpático estimula principalmente atividades relaxantes.


Sistema Nervoso Simpático

Sistema Nervoso Parassimpático

Dilata a pupila

Contração da pupila

Inibi a salivação Estimula a salivação
Relaxa os brônquios Contrai os brônquios
Acelera batimento cardíaco Reduz batimentos
Inibi a atividade do estomago e pâncreas Estimula as atividades do estomago e pâncreas
Estimula a produção de adrenalina e noradrenalina Estimula vesícula biliar
Relaxa bexiga Contrai bexiga
Provoca ejaculação Promove ejaculação


Obs: Todos os órgão possuem receptores tanto para o Sistema Nervoso Simpático como para o Parassimpático, o que caracteriza se o órgão será estimulado ou inibido será a quantidade de receptores para determinado sistema, isso explica por que em situações de estresse (dia de prova por exemplo) a bexiga ao invés de se relaxar por causa do Sistema Simpático (Situação de estresse), ela se contrai, pois o Sistema Nervoso Parassimpático possuem mais receptores na bexiga do que o Simpático, causando assim a contração da bexiga.

Sistema Nervoso – Visão Geral


neuronSistema formado pelo encéfalo, a medula espinhal e as células e fibras nervosas que se estendem a todas as partes do corpo. Com o sistema nervoso as pessoas tem a possibilidade de manter contato com o mundo que as cerca, através das mensagens recebidas dos sentidos, além de capacitar todas as partes do organismo.


  • Origem do Sistema Nervoso

Origina-se na ectoderme embrionária e se localiza na região dorsal. Durante o desenvolvimento embrionário, a ectoderme sofre uma invaginação dando origem a goteira neural, que ao decorrer do desenvolvimento se fecha dando origem ao tubo neural.


Em sua região anterior, o tubo neural sofre um dilatação, dando assim origem ao encéfalo primitivo, enquanto na região posterior o tubo neural da origem a medula espinhal.


A partir do encéfalo primitivo da se origem a três outras vesículas: A primeira, denominada prosencéfalo (anterior); a segunda, mesencéfalo (médio) e a terceira, romboencéfalo (posterior). O romboencéfalo e o prosencéfalo dão origem a cada um a duas vesículas, sendo as originadas pelo prosencéfalo denominadas de telencéfalo (hemisférios) e diencéfalo (hipotálamo e tálamo), enquanto as originadas pelo romboencéfalo são nomeadas como metencéfalo (ponte e cerebelo) e mielencéfalo (bulbo).

  • Partes do Sistema Nervoso

Pode-se dividir o Sistema nervoso em três partes, sendo elas:


  1. Sistema Nervoso Central (SNC)

O Sistema Nervoso Central (SNC) consiste no encéfalo e na medula espinhal.


Medula EspinhalMedula Espinhal: Tronco nervoso longo e espesso que desce da base do encéfalo através da coluna vertebral, sendo ela composta de matéria branca (fibras) e matéria cinzenta (corpos celulares). Nosso organismo possuem dois tipos de nervos, chamados de nervos sensitivos que se introduzem na medula espinhal pela raiz dorsal e nervos motores que saem da medula espinhal pela raiz ventral.


2. Sistema Nervoso Periférico (SNP)


Consiste em 12 pares de nervos cranianos e 31 pares de nervos espinhais.


Nervos Cranianos: Estes nervos controlam diversas sensações e ações, entre as quais vistas, o olfato , a mastigação e a deglutição.


Nervos Espinhais: Controlam os Músculos do corpo.


O Sistema Nervoso Periférico (SNP) é composto de 3 partes, sendo elas:


1ª Sistema Somático: É constituído de fibras nervosas e periféricas que mandam informações para o SNC (Sistema Nervoso Central), além de fibras motoras que inervam os músculos esqueléticos.


2ª Sistema Nervoso Autonômico: O Sistema Nervoso Autonômico é responsável por controlar os músculos lisos dos órgãos internos e glândulas. Ele é provido de subdivisões denominadas de, Sistema Nervoso Simpático, Sistema Nervoso Parassimpático e Sistema Nervoso Entérico.


3ª Sistema Nervoso Entérico:


É uma terceira parte que compõe o SNC a qual não é muito explorada. Ele é uma rede de neurônios que inervam o Sistema Digestório (Trato gastrointestinal, pâncreas e Vesícula Biliar).

[CONTINUA]

Músculo Liso



musculo liso Esse nome é dado devido a características desse tipo de músculo não apresentar estriações a microscopia, entretanto muitas das principais ações são aplicáveis aos dois tipos de músculos, lisos e esquelético, como as mesmas substâncias químicas executam contração nos dois grupos musculares, sendo assim a principal diferença entre eles a disposição das fibras musculares que é completamente diferente no músculo liso em relação ao esquelético.

Antes de continuar leia as seguintes postagem para um melhor entendimento:

  • Sistema Muscular Visão geral;
  • Anatomia e Fisiologia do Músculo esquelético –
  • Conhecer os componentes do músculo;
  • Mecanismo molécular da contração Muscular Compreender a interação Actina-Miosina.

  • Tipos de músculos lisos:

Músculo liso multiunitário: Formado por fibras lisas distintas, cada fibra atua independentemente da outra e muitas vezes inervada por terminações únicas como acontece nas fibras musculares. Como exemplo temos os músculos ciliares, íris do globo ocular;

Liso visceral: As fibras são organizadas em lâminas, feixes ou tubos e estão presentes em vasos sanguíneos de pequeno porte e em órgãos. Uma característica marcante desse grupo é a de formarem junções abertas, facilitando a passagem do potencial de ação entre as fibras.

  • Processo contrário do músculo liso:

Células na contração e relaxamento Base química: Os filamentos de actina e miosina interagem entre si no músculo liso da mesma maneira que no esquelético, ou seja, os filamentos de actina sem a presença do complexo troponina-tropomiosina, fixa fortemente a molécula de miosina causando a contração, porém com a presença do complexo troponina-tropomiosina há inibição da actínia.

Base física: Filamentos de actinas presos a corpos densos (corpúsculos densos) e entre as actinas poucos filamentos de miosina com suas pontes cruzadas.

A contração no músculo liso é de 30 vezes mais lenta que no esquelético, isso é dado pela pouco uso de ATP no músculo liso e pequena quantidade miosina. Isso garante um funcionamento global do organismo, mantendo o grau de contração tônica.

  • Potencial de Ação no músculo liso visceral:

Dado por: impulsos elétricos, hormônios transmissores e terminações nervosas.

Potencial de Platô: Há um retardamento na repolarização do músculo liso, causando períodos prolongados de contração;

Ondas lentas rítmicas: Ocasionam potenciais de ação sem estimulo intrínsecos, que são muitas vezes chamadas de ondas marca-passos.

  • Excitação – Íons de Cálcio:

No músculo liso o retículo sarcoplasmático (RES) é pouco desenvolvido, então faz se necessário que em alguns músculos lisos o Cálcio venha do meio extracelular junto com o potencial de ação, entretanto a músculos lisos que tem o RES de desenvolvimento moderado, e como não há túbulos T, o retículo fica próximo a membrana sendo excitado pelo potencial de ação.

Mecanismo molécular da contração Muscular

Após postagem anteriormente a nomenclatura das estruturas que compõe o sistema muscular em - Anatomia e Fisiologia do Músculo Esquelético - Iremos discorrer hoje sobre contração muscular com enfoque na esquelética.

No estado relaxado os filamentos de actina, cuja tem extremidades fixadas na membrana Z, apenas ficam superpostas em relação aos filamentos de miosina. No estado contraido os filamentos de actina são tracionados para o centro dos filamentos de miosina.





O que faz o filamento de actina deslizar-se ao longo do de miosina são as forças atrativas que se desenvolvem entre os filamentos.

  • Etapas para contração muscular

A passagem do potencial de Ação (PA) pelo músculo adentra os túbulos T e assim alcançará o retículo sarcoplasmático que liberará íons de Cálcio para o sarcoplasma banhando assim as miofibrilas ativando o movimento da miosina sobre a actina, sendo que, para manter esse movimento as mitocondrias produzem ATP que serão degradados em ADP sendo a energia liberada utilizada.

A interação entre os filamentos para a contração se dá devido, principalmente, pelos componentes do filamento de actina, sendo eles:

Actina: Ficam em duas cadeias moleculares em forma de Helice, onde o local onde o ADP é preso são os pontos ativos da actina.

Tropomiosina: Tem a função de cobrir fisicamente os pontos ativos da actina no momento de repouso.

Troponina: Complexo de três moléculas globulares que ficam em intervalos regulares de tropomiosina, tendo que cada molécula tem afinidade com uma estrutura diferente, sendo uma Cálcio, outra Actina e outra tropomiosina, com isso a troponina é responsável por desencadear a contração.


  • Interação dos filamentos de actina e miosina para contração


Os filamentos de acitina sem a presença do complexo troponina-tropomiosina, fixa fortemente a molécula de miosina causando a contração, porém com a presença do complexo troponina-tropomiosina há inibição da actina.

Contudo, havendo a presença de íons de Cálcio no sarcoplasma faz com que a troponina, que tem grande afinidade ao Cálcio, coloque a exposição os pontos ativos da actina fazendo a contração ao se ligar a miosina.

  • Teoria da catraca para contração - Ativação

Logo que o filamento de actina fica ativado pelos íons de Cálcio, é admitido que as cabeças das pontes cruzadas dos filamentos de miosina sejam imediatamente atraídos pelos pontos ativos da actina, o que causa a contração.

A teoria da catraca para contração, diz que: Duas cabeças de das pontes cruzadas se fixam em dois pontos ativos do filamento de actina, essa fixação produz modificações intramolecular entre a cabeça e o braço da ponte cruzada, isso faz com que a cabeça fique curvada em direção ao braço da ponte cruzada trazendo assim o filamento de actina em direção a miosina.

Esse encurvamento entre a cabeça e braço é chamado cursos-de-potência (Powerstroke) ou força-de-deslocamento e automaticamente após o encurvamento a cabeça se solta do ponto ativo voltando a posição normal.

  • ATP como fonte de energia para contração

Uma vez a ponte cruzada tendo completado seu curso-de-potência a posição curvada expõe um ponto onde a molécula de ATP se liga, fazendo assim a interação entre a cabeça da miosina e o ponto ativo do filamento de actina. O ATP é degradado pela ATPase sendo a energia liberada usada pela cabeça para voltar a seu estado normal.

  • Contração muscular: Acoplamento - Excitação - Contração

O início da contração do músculo esquelético começa com os potencias de ações das fibras, cuja por possuir camada tão grossa faz com que o PA produza fluxo insignificante, então para que a contração ocorra o PA entra através dos túbulos T, que são extensões a membrana muscular em forma de invaginações. Com isso o potencial de ação consegue atingir os retículos sarcoplasmáticos fazendo assim que eles liberem íons de Cálcio na vizinhança imediata das miofribilas e esses íons provocam a contração.

Esses íons no sarcoplasma fazem com que a tropomiosina deixe desprotegido os pontos ativos da actina que estavam recobertos pela tropomiosina, fazendo assim a cabeça da ponte cruzada se ligar ao ponto ativo e sofrer atração com o braço (contração).

Para interromper esse ciclo existe bombas de Cálcio na membrana do retículo sarcoplasmático que retira os íons do sarcoplasma.

Anatomia e Fisiologia do Músculo esquelético.


Para melhor entendimentos deve antes deter o conhecimento das estruturas básicas que compõem o músculo esquelético.

Sarcolema: Membrana celular da fibra muscular , entretanto o sarcolema é formado por uma verdadeira membrana celular, chamada membrana plasmática.

Miofibrilas: Cada fibra muscular é formada por miofibrilas, cada miofibrila por sua vez contém cerca de 1500 filamentos de miosina e 3000 filamentos de actina, que são, em grande parte, moléculas polimerizadas de proteínas, responsáveis pela contração muscular.

  • Os filamentos grossos e escuros são os de miosina, chamados de faixa A;

  • Os filamentos finos e claros são os de actina, denominados de faixa I.

As contrações no músculo esquelético ocorrem pela interação entre as pontes cruzadas e os filamentos de actina.

Sarcoplasma: As miofibrilas ficam em suspensão no interior das fibras musculares em uma matriz chamada sarcoplasma. O sarcoplasma contem: Potássio; Magnésio; Fosfato e enzimas protéicas alem de grande numero de mitocôndrias.

Na próxima postagem que abordará o fascinante mecanismo de contração muscular serão adicionados peculiaridades as estruturas já citadas nessa postagem como os túbulos T.

Quer que alguma fase da contração muscular seja dada maior detalhe? Então deixe seu comentário que ele será atendido na medida do possível.

Tratado de Fisiologia Médica de Guyton e hall.


Guyton e Hall: Tratado de Fisiologia Médica 9ª edição- pdf (português)


Com seu modo didático, o Tratado de Fisiologia Médica de Guyton e hall coloca-se, nesta edição – nona -, como uma ótima pedida para aqueles que desejam iniciar seu estudo sobre a fisiologia humana. O livro é bem escrito e, exceto por alguns erros consideráveis, é bem traduzido. Ele é bem ilustrado e esquematizado, permitindo ao estudante uma leitura fácil e produtiva. Recomendável para um bom início de estudo da fisiologia humana.

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